sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Magia dos bons filmes

Cinema tem que encantar, ter estética. Acho que se a história apresentada não tiver início, meio e fim (não necessariamente nesta ordem), não é cinema, nem amador, nem trash, muito menos independente.
 Andei pesquisando sobre roteiro e cheguei à conclusão de que a maioria das pessoas que fazem, ou tentam fazer cinema independente, trash ou amador(inclusive eu) não sabem nada.

Pegamos uma câmera convidamos uns amigos e filmamos uma história que temos na cabeça:

"Tá fica aí e quando eu disser Ação, tu pega aquela bola e entrega pra fulana e quando ela pegar tu dá um sorrisinho, ok? Vamos filmar"

Isso até um guri de oito ou nove anos de idade faz e depois atira no youtube. Isso é cinema trash? Amador? Independente? Nenhum deles. É uma filmagem, só isso. Um amontoado de frames. Cinema em qualquer modalidade é muito mais que isso.

Não temos idéia dos conceitos que envolvem escrever um roteiro (só escrever). Para funcionar ele tem que apresentar determinados elementos que atraiam a atenção de quem vai assistir.

De quê adianta fazer uma coisa que dure 5 min e o expectador não guentar nem 2 min assistindo. Eu mesmo, se o vídeo que estou assistindo (e vejo muitos no youtube, no vimeo e no porta-curtas Petrobrás) não me segura, não me atrai a curiosidade, eu fecho ele e pronto.

Isso se justifica com a própria palavra "expectador"  que já diz muito, a pessoa está na expectativa, ele quer ver algo que prenda a atenção dele, algo que o "puxe" pra dentro da história.

Porque filmes como Harry Potter, A trilogia Crepúsculo, Guerra nas Estrelas entre outras funcionaram tanto?

Claro, posso pensar "esses filmes eram de alto orçamento". Também isso, mas não somente isso. Se não fosse a história envolvente que eles apresentam, estes filmes nada seriam além de um amontoado de frames sem muito sentido.

Nós que aspiramos ser cineastas, mesmo que de filmes trash, independente ou amador, precisamos também aprender as técnicas, para somente depois de algum tempo adotarmos um estilo mais pessoal.

Quem não gostaria de ser um menino que pudesse viver uma aventura numa escola para bruxos, voar em uma vassoura, ganhar um campeonato com aquela bolinha dourada com asas?

Quem não gostaria de lutar pelo amor de Bella, ser imortal, poder andar sobre as árvores (carregando ela nas costas) e ter uma força acima da média dos humanos, ou de manejar aqueles incríveis sabres de luz e matar um monte de inimigos?

Sinceramente, eu queria ser um deles e viver estas aventuras. Por isso fiquei até o fim, torci pelos protagonistas, odiei os inimigos deles.

Resultado: assisti todos os filmes dessas trilogias e queria que elas continuassem, pois eu quero continuar sendo Harry Potter, Edward e Luk Skywalker, por pelo menos mais duas horas.

Aí está a magia do cinema e eu quero poder escrever algo que preste e que valha a pena filmar. Um bom roteiro tem uma ciência por trás, algo que atraia e deixe o público curioso.

Um comentário:

  1. Além de um bom roteiro, com histórias que eu chamaria de plot clássico, esse filmes contam com uma produção maravilhosa e uma distribuição fantástica, mundial. Isso tudo tem muita a ver com todo o investimento feito. Cinema é uma indústria de entretenimento e todo investimento feito é pra ser multiplicado milhares de vezes. Porém uma boa história é sempre uma boa história. Quero contar histórias do meu lugar. Como seria o Harry Potter brasileiro? Que histórias da nossa infância poderíamos contar?

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